quinta-feira, 10 de junho de 2010

está o intenso todo interno,
comprimido.
eu nem sequer vomito ele
pra engolir e digerir novamente.
acumulam-se todas as minhas bombas
ultra-explosivas nesse dentro meu.
meu mal-estar é tanto é todo.
é tudo.
careço de mata-dores,
de álcoois, alcatrões,
lixos pro corpo,
deuses pro metafísico.
ânsia linda-podre,
meu drama quer-se vomitado,
me sobe até a goela.
toma-me, então, espasmódica.
e num esforço de quase-morte,
engulo tudo, degusto.
os tempos são novos,
são do dentro.
dói. corrói.
dissolve.
salva (até...).

3 comentários:

Anônimo disse...

lindo lindo, como se tirasse uma substancia da sua essencia e transformasse em poema...

Dóris Duval disse...

eu fico aqui lendo e relendo tuas coisas. e agora não deu, agora preciso dizer...e fico perdida nas palavras. é muita coisa pra mim, é muita coisa o que'u sinto, é muita, muita...

Thiago Terenzi disse...

tinha me esquecido de como isso daqui era tão... intenso.