sábado, 25 de julho de 2009

Loucura então é o que tudo virou se já cogito a única coisa que pensei que nunca me passaria pela cabeça: desistir, tentar esquecer. Tudo que sou, todo o tanto que tento me doar, o mundo de coisas que digo e que são de tudo verdade... Parece nada te servir, te preencher. E se for isso mesmo, de nada meu, nada em mim, ser suficiente pra você, acho que não sei mais o que possa te mostrar de mim que te traga. Me diz alguma coisa, Bonita, só diz. Seja o que for, me diz alguma palavra, me salva desse nó que é não saber de nada, de onde você está, do seu telefone, da sua vida. Me salva disso. Eu te amo, Bonita. Muito que nem sei dizer, mas que você sabe quanto é. Não há como crer em algumas filosofias sem que você exista em mim, comigo. Aqui em mim, aqui dentro, bem dentro, ainda é tudo como tenho te dito ser há anos. Confie.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Muito te disse ontem, numa madrugada nossa, sobre tanto do que é nosso, em meio ao projeto de alcoolismo que nossas vidas concretizam mais e mais, a cada dia. Aliás, muito tenho te dito há tempos já, desde dias que não sei calcular nem registrar. A lembrança que tenho foi de descobrir em algum momento que a gente ama igual, que a gente dói igual. E tenho te escutado muito, de ti, sobre ti. Tens me contado de você até os ossos e é por isso que me apaixono, por saber-te infinitamente, por todo o tanto que você se importa, por esse tanto absurdo que você me deixa te invadir, sem medo algum. Porque eu sei que é assim que você quer que seja e é assim que eu quero também. A cidade das luzes, pra mim escura e esmagadora, fez de ti meu livro preferido, te transformou na minha casa de palavras, no meu universo do dizer. Você é poeta, hermanita, é filósofa do amor. Te contei que a cidade vai te ensinar muito e um dia te dar uma chance de fugir dela e de se salvar dela e que essa chance é só uma e se você não se for ela te suga, te traga, te afunda no poço dela, na lata de lixo que ela é, tranforma você em só dor e solidão e cinza e mais nada. É onde quase todos estão já, nesse poço, nessa lata de lixo, nesse abismo sem volta, no fim do fim, no 'poço do poço', como diria o nosso Caio. A gente vai saber a hora de se salvar, hermanita, certeza essa é a minha maior. Somos iguais, sabemos.