domingo, 20 de junho de 2010

you don't know me at all

me sinto uma piada. sou uma falsa fortaleza. a falsa madura. a falsa segura. eu sou joão-ninguém, maria-ninguém. eu não tenho ninguém. e não tenho a mim por muitas vezes, porque desacredito de mim mesma a todo tempo, to-do-tem-po, com tanta ênfase desse jeito assim. me sinto no cerne de tudo, no centro de tudo, inserida e, irremediavelmente, não posso sair não consigo sair não sei se quero sair não sei nada. não vou sair, e isso é meio que uma certeza daquelas absolutas e cruéis, maldosas, fatídicas. isso tudo é areia movediça. tenho me sentido cansada, tão cansada... eu sou uma piada.


you don't know me
bet you'll never get to know me
you don't know me at all
feel so lonely
the world is spinning round slowly
there's nothing you can show me
from behind the wall

Um comentário:

Maíra disse...

Há tanta confusão nos meus pensamentos, palavras soltas, olhares frios e boca seca.
Tento espantar essa aflição, este desengano com algumas linhas escritas.
E existe tanta dor e amargura, mágoa que nos torna frágeis e pequeninos.
Tento afastar a solidão dos meus pensamentos e das minhas reflexões.
Queria tentar produzir qualquer forma, qualquer cor, abstrata e bonita.
Como um quadro na parede sorrindo pra mim, me mostrando todas as sutilezas,
Esses pequeninos instantes de consciência que fazem toda a diferença,
E nesse sorriso derramar o pranto, e nesse cheiro que exala derramar o canto,
E nesse semblante sisudo conhecer a simples forma de amar,
Tocar, encarar, conhecer.
È algumas pessoas não são simplesmente tão atormentadas para escrever,
Eu não, eu preciso, a pele rasga, a veia sobe, o corpo quente em febre,
Trêmulo por letras, palavras, frases soltas, rabiscos,
Isso eu quero, sinto, fujo.
Fujo de mim, da tormenta, da feia fumaça cinzenta,
Mas a fuga está claro, é mais do que nunca meu modo de ser.



( M.P.)- 24/06