terça-feira, 3 de abril de 2012

Se eu tocasse algum instrumento
ia querer aprender a compor
pra conseguir te dedicar minha valsa mais bonita
poderia ser rock ou a bossa...
O que for.
Queria te ser meu desmedido amor.
Talvez que fosse o mais correto
que pudesse ser pra você cada mililitro de lágrima minha.
E que todos meus orgasmos – os loucos infinitos ou os fininhos ou abafados – fossem por você.
Daí eu acho que achei o meu problema:
eu decidi o amor da minha vida muito cedo?
Me poupei da facilidade da escolha,
ou do suposto prazer de procurar bastante.
(Não sei mais ao certo o que é facilidade
ou o que é suposto.)
Em cada bar ou sala de aula ou
cada festa ou show.
Em cada micro universo.
Eu não tive até agora nada disso
de bom pra te dar:
a certeza,
a escolha.
Tudo que posso te oferecer é a minha inconsequência
e o meu despreparo pro amor.