terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sobre a ferida quase que incurável vinda da saudade que sua não-frequência vai me causar, digo que nem de longe é a primeira vez que eu penso nisso. Mas agora pensei com mais afinco. Diria até com mais desespero, por não só saber, mas sentir que a hora de ir tá bem próxima. Hoje está bom, mas tá doendo. A parede laranja, suas mil e uma camisas (bonitas), o peixe, os cd's em ordem alfabética (ordem a que eu jamais submeteria minhas coisas), os seus livros (que não pegarei mais emprestados semanalmente), seu cinzeiro laranja (que eu amo), seus olhos grandes entre esse mundaréu de cabelos desarrumados... Até os atos me fazem sentir que eu tô indo, você me dando seu último cigarro depois da meia-noite e deixando eu fumá-lo no seu quarto, na sua frente, sem sequer me pedir um trago. Vou te socar se você não sair desse computador agora e ir pra cozinha tomar um café comigo. Mas pode ficar aí mesmo assim, é bom, porque aí eu te olho e penso em mais algumas palavras bobas e bonitas pra registrar. Sei que lá pra onde eu vou não terá um esconderijo fora dos padrões espaço-tempo, que nem o nosso esconderijo. E se tiver também, pfff, de quê adianta?, você tá aqui. Mas vou te levar comigo, não me pergunte como, mas eu vou. Você acredita em mim, né? Eu sei que sim. Eu te amo.

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