É questão das difíceis de dissertar, isso sobre de onde veio esse gostar de você. Foge de mim detalhes como o dia exato, o momento certo, a hora da epifania que me disse que era algo sobre você que latejava no meu peito. Nada disso, não sei mesmo. E sei mesmo é que isso é o que não importa. Sei algo, sei que foi gradativo. Um dia era só te ver diferente, algo como te achar mais bonito de repente. Sem mais nem menos mesmo. O outro dia era um quê de ciúme que me cutucava sem piedade. E agora é querer beijar. Agora é você na minha lista de quereres. É tudo aquilo de a gente no sofá e pra mim o ambiente ficar denso, carregado, e aquela vontade contida (em mim), cravada em cada canto e quina. Tudo impregnado com o mais real que há de desejos meus. E eu e o meu desejo e o meu querer são tudo que tenho. Tudo de mais verdade. Tudo que mais me transborda. Vou te olhando e vou assim escorrendo e me desmantelando. Esvaindo... Sumindo...
Eu tô indo. Não pra sempre, sei. Até quando não sei. Te levar comigo, é o que vou fazer. Não em matéria, mas escondido em cada fibra que em mim há. Na carne, na alma, na mente, mais que tudo no peito, coração. Você já sabe de tudo, eu não ligo, não me importo. A distância que terei de você será só daquele algo a que chamamos quilômetros, do mais tudo será proximidade. Fora tudo isso regurgitado, que já acho muito, me calo. Estou indo pra longe, o peito apertado vai junto, a saudade e tudo o mais. Vai você também. E fim, por enquanto.
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