sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

alguém

Tô sentido tudo tão-intenso, como eu gosto de sentir [ou como fui pré-destinada a sentir]. É algo como se sentir bem e não ver fim pra isso [não que eu queira um fim, longe de mim, mas normalmente as coisas boas têm um prazo curto de duração]. Dessa vez parece não ter prazo de validade. É achar ‘alguém’ com quem você se sente à vontade para ‘paranoiar’ sempre que as coisas apertarem no peito e saber que por mais que não seja entendido a fundo, esse ‘alguém’ vai ficar se martelando e se matando pra te entender e, é claro, pra te salvar do caos existencial. Na verdade, esse é o tipo de ‘alguém’ que sequer te deixaria chegar ao ponto de cair no caos existencial, justamente porque esse é o ‘alguém’ que te tirou desse maldito caos. Muitas vezes os dois juntos caem no clichê [o que é inevitável], mas a intensidade é tanta, e muita, e sempre, e sincera, que há profunda beleza até no que é clichê. Nessa relação até os clichês parecem novidade. É tudo novo. É você se ver refletida em algo que quando olha de relance pensa “nossa, meu oposto!”, mas que na verdade é mais parecido com você que sua própria imagem no espelho. É achar a paz quando o que mais dizia era “como preciso de paz!”, achar o que te palpite o coração quando pensava “que falta de emoção em tudo!”, é achar o que te completa quando só sentia “que vazio imenso, sem cor, sem fim!”. É passar a ter sonhos seqüenciais [com esse ‘alguém’ protagonizando, é claro], depois de tanto tempo de noites sem-sonho, de sono-escuro. É querer colorir seus desenhos mal feitos de madrugada no diário, depois de passar madrugadas começadas no breu e terminadas em branco, sem arte, sem inspiração e sem nada, onde a cor que predominava era o cinza do seu lápis de grafite 2.0. Agora a cor está em tudo. Na verdade não em tudo mesmo, mas o novo-sentimento faz querer procurar cor onde não há, ou até mesmo correr atrás da solução que fará a cor que sumiu em certas coisas, reaparecer. Seria em vão dizer que quer se jogar de cabeça nisso-tudo, porque na real já não entrou só de cabeça, mas de corpo inteiro. A coluna dói, os dedos e pulsos doem, a visão se cansa, mas tudo por mais alguns minutos na frente da tela do maldito computador, na sede de mais algumas palavras confortantes e que te roubam sorrisos que demoram pra cessar [isso quando se cessam, já que normalmente insistem em permanecer no seu rosto, ou voltarem nas horas mais inesperadas e impróprias por você ter se lembrado de algum-momento com ‘alguém’]. Telefone, celular, mensagens, computador, orkut, msn, e-mail... Tudo aquilo que era só o seu passatempo para as horas de nada-pra-fazer agora é como que uma necessidade, pra te manter o mais ‘próxima’ possível de ‘alguém’. É o que te sobra pra diminuir a distância. Ah, tem a distância. Essa felizmente só se resume a algo besta chamado ‘quilômetros’, porque de todo o resto possível vocês estão próximos, o mais próximo possível e imaginável. Tudo que você mais desejava era que ‘um-alguém’ entrasse na sua vida, mas agora ‘o-alguém’ entrou e você só quer mesmo é que ele não saia. A real é que não sei se encontrei ‘um-alguém’, ou ‘o-alguém’, ou ‘qualquer-que-seja-esse-alguém’, mas sei e sinto que é o ‘meu-alguém’.

7 comentários:

Anônimo disse...

Ah!

Adoro pessoas apaixonadas.

Na verdade, mulheres apaixonadas...

Vêem a vida como todos deveriam ver. Independente se estão apaixonados ou não, todo mundo deveria ser assim, é que demoramos para enxergar a beleza da vida, o tempo curto que passamos aqui, mas a diferença enorme que fazemos ao redor, mesmo que pensamos que não, mas fazemos parte de um ciclo que faz diferença. Até nas cores que você enxerga agora.

Espero que essa fase, não seja só uma fase Li!

Beijos e cuide-se guria que enxerga colores...

:***

Camila Diório disse...
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Camila Diório disse...

Sabe por que eu gosto de você? Porque mesmo com idéias sobre sentimentos completamente diferentes na hora dos conselhos, você fala exatamente o que eu sinto. Eu até tentei enxergar você lendo o que você postou, mas na maioria dos momentos eu vi a mim mesma.

E é tão bom sentir isso né, morena... que eu não sei nem o que falar. Vou usar a música que u tõ falando com você no MSN, porque já que é pra ser clichê, sejamos: "coisas que eu sei... são coisas eu antes eu somente não sabia. agora eu sei."

Ai ai.
Estar apaixonada é, por mais que existam conflitos internos (como os meus ou como os seus), a melhor coisa DO MUNDO!
=)

hannah levy disse...

as rosas são vermelhas...

Rafael Carvalho disse...

como diria o mano do glassjaw, "i kmow, i knoooooow"

aquilo lah dividiu aguas, na boa.

thaís. disse...

eu não sei se as pessoas são todas ,de uma forma ou de outra, parecidas quando estão apaixonadas.
o fato é que eu me sinto exatamente como você. em todos os detalhes.
inclusive no medo de que cedo ou tarde, o melhor sentimento vá embora.

Miguel Beirigo disse...
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