"Posso até querer te falar como estou
Mas não vou
Prefiro ficar mudo
E deixar a dor sangrar em mim"
me sinto com uma úlcera em cada momento que te vejo numa vida. numa vida em que eu não existo, onde parecem proliferar bolhas brilhantes e estrelas e símbolos ridículos de felicidade, enquanto eu estou aqui miserável, há mais de um, dois, três, quatro, cinco... há mais de não sei quantos anos procurando o atalho mais curto pra apagar você. pra você deixar de ser qualquer realidade possível na vida que deveria ser só minha. e você nem sabe de tudo isso. eu não existo em nenhum verbo seu. eu poderia escrever você por séculos sem você nunca imaginar, quando eu só quero gritar, PORRA! te gritar pra você se refletir e se reencontrar em mim. eu poderia me calar. poderia engolir toda minha úlcera. mas eu não posso te deixar ir assim tão fácil. e é tão difícil ir te deixando ir. eu não sei até onde meu silêncio te permite ir. não sei até onde todos os meus gritos te resgatariam.
Um comentário:
também não me lembro de ter lido seu blog. já faz algum tempo que eu não passo as tardes passeando pelos blogs alheios, mas pelo pouco que li (pelo pouco tempo que tive até agora), gostei muito do blog no geral, tanto no design quanto no conteúdo. os textos são bem intensos. meu irmão (codinome M.V.) também escreve no mesmo blog que eu, e espero que você volte sempre. os posts têm uma frequencia bem irregular, mas estamos sempre escrevendo alguma coisa. talvez eu tenha conhecido seu blog por algum blog relacionado, de amigos, ou amigos de amigos. enfim, vou voltar outras vezes com mais tempo pra ler cada linha desses posts. acho que vale a pena.
até!
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