segunda-feira, 23 de março de 2009
daquilo que ainda sobrevive
Hoje é o dia de anular as angustias, sempre tantas e tão cultivadas. Nem que seja anular só por hoje. Vou ouvir e dançar toda essa música latina que fica soando pela casa o dia todo, saindo dos violões por aqui. Afinal, você sumiu por aí, pelos vãos loucos da cidade louca. Não te acho mais, tá perdido emaranhado pelos mundos por aí. Essa música triste soando infindavelmente é tudo o que me resta. Ouço. Criei até uma certa devoção nisso de ouvir e ir lembrando e sentindo e indo, como se fosse hoje tudo que passou, como se você ainda estivesse por aqui, pelas proximidades. Não é assim que é. Só era, há tempos. Mas é tal como quero que seja, que volte a ser.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Há tanta coisa para ser escrita, ser dita. Eu queria ser maior que todas elas, mas não sou, é impossível. Essas palavras todas a serem ditas e escritas se amontoam sobre mim e eu sumo na presença delas todas. São quase um mundo, ou mais que um mundo, bem mais que um mundo. Fico cá sentindo o perigo e o medo de esquecer de dizer uma palavra que seja, tudo que está aqui comigo contido há de sair. Não posso falhar em te fazer entender exatamente o que eu sinto. E se vai ou não ser passageiro, não vem ao caso, pra mim ao menos isso é caso à parte. Quero saber do que sinto agora, de todo esse tanto que preciso te ter, da forma que for. De todo o tanto que quero dormir com você.
segunda-feira, 9 de março de 2009
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